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25 de janeiro de 2012

Pinheirinho recebe apoio de Atos em São Paulo e Campinas


Rafael Prata e Wanderci Bueno

Hoje pela manhã a manifestação em defesa dos moradores do bairro Pinheirinho e contra as ações de violência Kassab e Alckmin teve início na Praça da Sé. 

Quando alguns manifestantes perceberam o carro do Prefeito estacionado nas proximidades, o cercaram e chutaram. Antes, jogaram ovos no prefeito. Depois realizaram o Ato e em seguida saíram em caminhada até a Prefeitura. Alckmin não deu as caras na Sé. Kassab saiu escondido pelos fundos da igreja.



A polícia usou de violência, dando bordoadas com seus cassetetes e jogando gás pimenta. Uma pessoa saiu sangrando após receber de um polícia forte pancada na cabeça.

Um séquito de prefeituráveis acompanhava Kassab, entre eles: Guilherme Afif (PSD), Andrea Matarazzo (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB). Nenhum deles foi atingido pelos ovos lançados por vários manifestantes que gritavam palavras de ordem contra Kassab e Alckmin, em defesa do Pinheirinho e contra as ataques na Cracolândia.

Depois a manifestação seguiu até a Cracolândia onde foi encerrado o Ato.

Em Campinas, cerca de 500 militantes realizaram ontem à tarde (24/01/2012) uma manifestação pelas ruas e avenidas centrais de Campinas/SP em repúdio à desocupação do bairro Pinheirinho em São José dos Campos/SP.

Alguns jovens e trabalhadores, inclusive uma delegação de operários da Fábrica Ocupada Flaskô, estiverem presentes no dia em que ocorreu o violento despejo das famílias e relataram pelo carro-de-som  as cenas de horror protagonizadas pelo brutal efetivo policial, a mando do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do prefeito de SJC, Eduardo Pedrosa Cury (PSDB) e da Justiça Estadual de SP.

Dialogando com as pessoas que acompanhavam a passeata desde os locais de trabalho e pontos de ônibus, percebemos que a indignação com o ocorrido em Pinheirinho era geral. Um senhor disse: “tenho 70 anos e nunca vi isso depois que a Ditadura acabou, ainda mais pra entregar o terreno pro dono de uma massa falida” - em referência ao especulador Naji Nahas, proprietário da extinta Selecta.

O Ato teve um caráter de frente única, diferentemente do ocorrido em São Paulo onde predominou o PSTu e PSOL. 

Em Campinas a manifestação foi organizada por sindicatos ligados às diferentes centrais sindicais, por movimentos sociais e partidos políticos, como PT, PCdoB, PSOL e PSTU. O manifesto divulgado à população denunciou a operação de guerra contra Pinheirinho e a política do PSDB no estado, bem como cobrou da presidenta Dilma a desapropriação da área para que o terreno seja devolvido aos seus verdadeiros donos: os 9 mil moradores que agora estão um sem-teto para viver!

Em São José dos Campos, fala-se que os moradores começam a cogitar a reocupação da área! A luta deve prosseguir!

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