Rafael Prata e Wanderci Bueno
Hoje
pela manhã a manifestação em defesa dos moradores do bairro Pinheirinho e
contra as ações de violência Kassab e Alckmin teve início na Praça da Sé.
Quando
alguns manifestantes perceberam o carro do Prefeito estacionado nas
proximidades, o cercaram e chutaram. Antes, jogaram ovos no prefeito. Depois
realizaram o Ato e em seguida saíram em caminhada até a Prefeitura. Alckmin não
deu as caras na Sé. Kassab saiu escondido pelos fundos da igreja.
A
polícia usou de violência, dando bordoadas com seus cassetetes e jogando gás
pimenta. Uma pessoa saiu sangrando após receber de um polícia forte pancada na
cabeça.
Um
séquito de prefeituráveis acompanhava Kassab, entre eles: Guilherme Afif (PSD),
Andrea Matarazzo (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB). Nenhum deles foi
atingido pelos ovos lançados por vários manifestantes que gritavam palavras de
ordem contra Kassab e Alckmin, em defesa do Pinheirinho e contra as ataques na
Cracolândia.
Depois
a manifestação seguiu até a Cracolândia onde foi encerrado o Ato.
Em
Campinas, cerca de 500 militantes realizaram ontem à tarde
(24/01/2012) uma manifestação pelas ruas e avenidas centrais de Campinas/SP em
repúdio à desocupação do bairro Pinheirinho em São José dos Campos/SP.
Alguns
jovens e trabalhadores, inclusive uma delegação de operários da Fábrica Ocupada
Flaskô, estiverem presentes no dia em que ocorreu o violento despejo das
famílias e relataram pelo carro-de-som
as cenas de horror protagonizadas pelo brutal efetivo policial, a mando
do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do prefeito de SJC, Eduardo Pedrosa Cury
(PSDB) e da Justiça Estadual de SP.
Dialogando
com as pessoas que acompanhavam a passeata desde os locais de trabalho e pontos
de ônibus, percebemos que a indignação com o ocorrido em Pinheirinho era geral.
Um senhor disse: “tenho 70 anos e nunca vi isso depois que a Ditadura acabou,
ainda mais pra entregar o terreno pro dono de uma massa falida” - em referência
ao especulador Naji Nahas, proprietário da extinta Selecta.
O Ato
teve um caráter de frente única, diferentemente do ocorrido em São Paulo onde
predominou o PSTu e PSOL.
Em Campinas a manifestação foi organizada por
sindicatos ligados às diferentes centrais sindicais, por movimentos sociais e
partidos políticos, como PT, PCdoB, PSOL e PSTU. O manifesto divulgado à
população denunciou a operação de guerra contra Pinheirinho e a política do
PSDB no estado, bem como cobrou da presidenta Dilma a desapropriação da área
para que o terreno seja devolvido aos seus verdadeiros donos: os 9 mil
moradores que agora estão um sem-teto para viver!
Em
São José dos Campos, fala-se que os moradores começam a cogitar a reocupação da área! A luta deve prosseguir!
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