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21 de novembro de 2011

Somos contra as drogas! Mas também somos pelo fim do aparato policial militar capitalista!


A Esquerda Marxista e a Juventude Marxista, diante de vários comentários que recebemos em nosso blog sugerindo, por desconhecimento ou não, que defendemos o uso das drogas e que queremos uma universidade de drogados, esclarecemos que desde o início de nossa existência nos posicionamos contra o uso e a comercialização das drogas. Não entendemos, contudo, que a PM ou o Reitor sejam os instrumentos indicados para coibir o uso das drogas. O aparato estatal capitalista é por excelência o terreno onde proliferam as máfias das drogas, onde seus bancos servem para lavar dinheiro sujo do narcotráfico e praticar a roubalheira do jogo financeiro que os economistas burgueses chamam mercado financeiro.

Condenamos a invasão militar da USP e explicamos nossa posição sobre o que fazer diante da situação criada pela ação truculenta do Reitor e do governador do Estado.

A segurança de um povo deve ser obra dele mesmo. O desmantelamento do Estado Burgues exige o desmantelamento das PMs. As drogas devem ser combatidas na sua origem e comércio (tráfico). Uma sociedade baseada na busca do lucro, na propriedade privada dos grandes meios de produção, é incapaz de se erguer contra o nacotráfico.

Segue abaixo a posição da Esquerda Marxista e da Juventude Marxista sobre a questão das drogas.

“Somos contra as drogas, que se tornaram uma grande fonte de lucro aos capitalistas e possuem o papel social, como instrumento imperialista que é, de dizimar milhares de jovens e trabalhadores e impedir que eles tenham qualquer perspectiva de luta. A mesma burguesia que organiza o milionário mercado das drogas envia exércitos de policiais para reprimir e massacrar. Em nome do “combate ao trafico” a burguesia tem imposto o ‘toque de recolher’, que ao invés de punir os donos dos bares que comercializam bebidas aos menores e os traficantes que oferecem as drogas, a polícia reprime ferozmente os jovens, particularmente os jovens dos bairros periféricos.”

Leia abaixo a explicação completa de quem é a Juventude Marxista.


Quem Somos? 

A Juventude Marxista (http://juventudemarxista.blogspot.com/) é a organização de jovens da Esquerda Marxista, seção brasileira da Corrente Marxista Internacional e tendência interna do PT – www.marxismo.org.br e www.marxist.com.

Somos uma organização de jovens que luta pelo fim do sistema capitalista, sistema baseado na propriedade privada dos grandes meios de produção e na exploração e opressão dos trabalhadores. O capitalismo traz a miséria, o sofrimento, a guerra e só pode levar a humanidade à sua destruição, por isso lutamos por uma sociedade socialista.

Como Nasceu a JM

Nossa organização de juventude foi fundada em abril de 1989, em uma reunião de estudantes durante a realização de um CONEB da UNE (Conselho Nacional de Entidades de Base) em Curitiba/PR. Nascia assim a Juventude Revolução, num contexto em que havia manifestações de jovens chineses na Praça da Paz Celestial pelo socialismo e pelo direito à livre-organização, e durante a campanha de Lula/PT para presidente em 1989, que mobilizou amplos setores da classe trabalhadora e da juventude.

Os anos que sucederam a fundação de nossa organização foi marcado por uma ofensiva política e ideológica contra as idéias marxistas e socialistas, na qual boa parte da esquerda, pressionada por esta ofensiva e pelo fim dos regimes stalinistas no Leste Europeu, abandonava a perspectiva da Revolução. E justamente ai reside um grande mérito, ao longo desses mais de vinte anos sempre buscamos ligar os anseios e reivindicações da juventude ao necessário combate contra o capitalismo, nos mantendo fieis ao combate comunista.

Como uma organização autônoma de jovens, organizamos a Juventude Revolução na luta contra a exploração, a opressão e a guerra, na luta pelo socialismo no Brasil e no mundo.

A Juventude Revolução levou combates importantes em toda a sua história, como a luta pelo passe-livre estudantil; contra as tropas brasileiras no Haiti; contra as drogas e diversas outras campanhas em defesa dos direitos da juventude e da classe trabalhadora. Estivemos presentes nas grandes lutas da juventude, como o ‘Fora Collor’ e atualmente na defesa de um petróleo e Pré-Sal 100% público.

Organizamos importantes campanhas contra os aumentos das mensalidades nas universidades privadas; pela federalização das universidades com dívidas e por mais verbas para a educação pública. Sempre estivemos ao lado dos trabalhadores em suas lutas, desde a luta pela estatização sob controle operário das fábricas ocupadas até a reivindicação de redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

Tivemos grande destaque na luta contra as guerras imperialistas. Em 1999 fomos a principal impulsionadora de uma campanha contra os ataques da OTAN à antiga Iugoslávia. Organizamos uma ampla campanha pela liberdade de Mumia Abu-Jamal, e em 2003 propomos a realização de um festival de música contra a Guerra do Iraque, festival que contou com dezenas de organizações de juventude e reuniu milhares de jovens na Praça da Sé em São Paulo.

Em julho de 2008, a Juventude Marxista (na época como Juventude Revolução) decide por uma importante mudança na sua organização. Os militantes da Juventude Revolução avaliam em seu 11º Encontro Nacional, que uma organização de juventude não pode manter-se separada de uma organização proletária, como uma organização independente de juventude, sendo o objetivo dessa organização a construção do socialismo. A juventude sozinha pode ser um setor importante para a luta, travando importantes batalhas, mas sem os trabalhadores ela não pode fazer a revolução. Por isso, os militantes da Juventude Revolução decidem por sua fusão com a Esquerda Marxista. Tornando-se assim a organização de jovens da Esquerda Marxista.

Em julho de 2010, em seu 14º Encontro Nacional, a Juventude Revolução passou a se chamar Juventude Marxista, uma precisão no nome que traduz a linha política de intervenção na luta de classes, baseado nas experiências vividas pelos trabalhadores em séculos de combate.

Pelo que Lutamos

Lutamos em defesa da educação pública, gratuita e para todos! Entendemos que as ditas “políticas afirmativas” não podem garantir o acesso à educação aos filhos dos trabalhadores, pelo contrário, políticas como as cotas raciais somente impulsionam o racismo, estimulam a divisão entre os estudantes e trabalhadores pela cor da pele, para nós a única divisão existente é a de classe social e por isso lutamos pelo acesso de todos à educação.

Somos contra as drogas, que se tornaram uma grande fonte de lucro aos capitalistas e possuem o papel social, como instrumento imperialista que é, de dizimar milhares de jovens e trabalhadores e impedir que eles tenham qualquer perspectiva de luta. A mesma burguesia que organiza o milionário mercado das drogas envia exércitos de policiais para reprimir e massacrar. Em nome do “combate ao trafico” a burguesia tem imposto o ‘toque de recolher’, que ao invés de punir os donos dos bares que comercializam bebidas aos menores e os traficantes que oferecem as drogas, a polícia reprime ferozmente os jovens, particularmente os jovens dos bairros periféricos.

Combatemos por mais verbas para a educação pública, contra as privatizações, pelo Passe-Livre Estudantil. Lutamos pela universalização e pelo acesso à cultura, à educação, à moradia, à saúde que são direitos de todos negados a todo instante pelo capitalismo e transformados em mercadorias.

Como militamos

Nossa militância é junto com os trabalhadores na luta de classes. Em defesa dos interesses dos trabalhadores e dos explorados estamos juntos na luta contra os ataques dos patrões aos direitos conquistados. No Movimento Estudantil construímos os grêmios e os centros acadêmicos como verdadeiros sindicatos de estudantes, como entidades classistas que organizam e agitam a luta em defesa das reivindicações mais sentidas dos estudantes em aliança com a classe trabalhadora e suas organizações na luta de classes, sempre fazendo a ponte com a necessidade de destruir o capitalismo e lutar pelo socialismo.

Somos internacionalistas!

Os mesmos problemas que passamos no Brasil os jovens de diversos outros países também enfrentam, pois o inimigo é o mesmo: A burguesia e seu sistema político. Por isso estamos junto com os trabalhadores venezuelanos em solidariedade à revolução em curso e lutamos pelo retorno das tropas brasileiras do Haiti, em defesa da soberania do povo haitiano.

Temos como princípio a independência financeira. Como diz o velho ditado: “Quem paga a banda escolhe a música”. A independência financeira é a única forma de ter uma política independente dos capitalistas, do Estado e de seus aparatos. Por isso, sustentamos a luta com contribuições daqueles que acreditam em nossas idéias.

O capitalismo não reserva nenhum futuro para a juventude, só a miséria, a fome, a exploração, a guerra e a opressão, por isso nossa tarefa é junto com os trabalhadores enterrar esse sistema e construir uma nova sociedade sem a exploração do homem pelo homem. A luta pelo Socialismo Vive!

“A juventude é a chama da revolução” (Lênin)

Um comentário:

  1. escrevi um texto sobre como vejo a efervescência revolucionária da juventude atual. gostaria de saber a opinião de vocês do blog, que estão envolvidos diretamente em várias frentes revolucionárias em favor de um mundo mais justo. o texto pode ser lido no seguinte link: http://banquetedosmendigos.blogspot.com/2011/11/revolucoes-liquidas.html

    minha visão é a de alguém que vê de fora, de longe. gostaria de ouvir, quem está perto, dentro. talvez me ajude a ver melhor.

    abraços!

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