A Esquerda Marxista e a Juventude
Marxista, diante de vários comentários que recebemos em nosso blog sugerindo,
por desconhecimento ou não, que defendemos o uso das drogas e que queremos uma
universidade de drogados, esclarecemos que desde o início de nossa existência
nos posicionamos contra o uso e a comercialização das drogas. Não entendemos,
contudo, que a PM ou o Reitor sejam os instrumentos indicados para coibir o uso
das drogas. O aparato estatal capitalista é por excelência o terreno onde proliferam
as máfias das drogas, onde seus bancos servem para lavar dinheiro sujo do
narcotráfico e praticar a roubalheira do jogo financeiro que os economistas
burgueses chamam mercado financeiro.
Condenamos a invasão militar da USP e
explicamos nossa posição sobre o que fazer diante da situação criada pela ação
truculenta do Reitor e do governador do Estado.
A segurança de um povo deve ser obra
dele mesmo. O desmantelamento do Estado Burgues exige o desmantelamento das
PMs. As drogas devem ser combatidas na sua origem e comércio (tráfico). Uma
sociedade baseada na busca do lucro, na propriedade privada dos grandes meios
de produção, é incapaz de se erguer contra o nacotráfico.
Segue abaixo a posição da Esquerda
Marxista e da Juventude Marxista sobre a questão das drogas.
“Somos
contra as drogas, que se tornaram uma grande fonte de lucro aos capitalistas e
possuem o papel social, como instrumento imperialista que é, de dizimar
milhares de jovens e trabalhadores e impedir que eles tenham qualquer
perspectiva de luta. A mesma burguesia que organiza o milionário mercado das
drogas envia exércitos de policiais para reprimir e massacrar. Em nome do
“combate ao trafico” a burguesia tem imposto o ‘toque de recolher’, que ao
invés de punir os donos dos bares que comercializam bebidas aos menores e os
traficantes que oferecem as drogas, a polícia reprime ferozmente os jovens,
particularmente os jovens dos bairros periféricos.”
Leia abaixo a explicação completa de
quem é a Juventude Marxista.
Quem Somos?
A Juventude Marxista (http://juventudemarxista.blogspot.com/)
é a organização de jovens da Esquerda Marxista, seção brasileira
da Corrente Marxista Internacional e tendência interna do PT – www.marxismo.org.br e www.marxist.com.
Somos uma organização de jovens que
luta pelo fim do sistema capitalista, sistema baseado na propriedade privada
dos grandes meios de produção e na exploração e opressão dos trabalhadores. O
capitalismo traz a miséria, o sofrimento, a guerra e só pode levar a humanidade
à sua destruição, por isso lutamos por uma sociedade socialista.
Como Nasceu a
JM
Nossa organização de juventude foi
fundada em abril de 1989, em uma reunião de estudantes durante a realização de
um CONEB da UNE (Conselho Nacional de Entidades de Base) em Curitiba/PR. Nascia
assim a Juventude Revolução, num contexto em que havia manifestações de jovens
chineses na Praça da Paz Celestial pelo socialismo e pelo direito à
livre-organização, e durante a campanha de Lula/PT para presidente em 1989, que
mobilizou amplos setores da classe trabalhadora e da juventude.
Os anos que sucederam a fundação de
nossa organização foi marcado por uma ofensiva política e ideológica contra as
idéias marxistas e socialistas, na qual boa parte da esquerda, pressionada por
esta ofensiva e pelo fim dos regimes stalinistas no Leste Europeu, abandonava a
perspectiva da Revolução. E justamente ai reside um grande mérito, ao longo
desses mais de vinte anos sempre buscamos ligar os anseios e reivindicações da
juventude ao necessário combate contra o capitalismo, nos mantendo fieis ao
combate comunista.
Como uma organização autônoma de
jovens, organizamos a Juventude Revolução na luta contra a exploração, a
opressão e a guerra, na luta pelo socialismo no Brasil e no mundo.
A Juventude Revolução levou combates
importantes em toda a sua história, como a luta pelo passe-livre estudantil;
contra as tropas brasileiras no Haiti; contra as drogas e diversas outras
campanhas em defesa dos direitos da juventude e da classe trabalhadora.
Estivemos presentes nas grandes lutas da juventude, como o ‘Fora Collor’ e
atualmente na defesa de um petróleo e Pré-Sal 100% público.
Organizamos importantes campanhas
contra os aumentos das mensalidades nas universidades privadas; pela
federalização das universidades com dívidas e por mais verbas para a educação
pública. Sempre estivemos ao lado dos trabalhadores em suas lutas, desde a luta
pela estatização sob controle operário das fábricas ocupadas até a
reivindicação de redução da jornada de trabalho sem redução de salários.
Tivemos grande destaque na luta contra
as guerras imperialistas. Em 1999 fomos a principal impulsionadora de uma
campanha contra os ataques da OTAN à antiga Iugoslávia. Organizamos uma ampla
campanha pela liberdade de Mumia Abu-Jamal, e em 2003 propomos a realização de
um festival de música contra a Guerra do Iraque, festival que contou com
dezenas de organizações de juventude e reuniu milhares de jovens na Praça da Sé
em São Paulo.
Em julho de 2008, a Juventude Marxista
(na época como Juventude Revolução) decide por uma importante mudança na sua
organização. Os militantes da Juventude Revolução avaliam em seu 11º Encontro
Nacional, que uma organização de juventude não pode manter-se separada de uma
organização proletária, como uma organização independente de juventude, sendo o
objetivo dessa organização a construção do socialismo. A juventude sozinha pode
ser um setor importante para a luta, travando importantes batalhas, mas sem os
trabalhadores ela não pode fazer a revolução. Por isso, os militantes da
Juventude Revolução decidem por sua fusão com a Esquerda Marxista. Tornando-se
assim a organização de jovens da Esquerda Marxista.
Em julho de 2010, em seu 14º Encontro
Nacional, a Juventude Revolução passou a se chamar Juventude Marxista, uma
precisão no nome que traduz a linha política de intervenção na luta de classes,
baseado nas experiências vividas pelos trabalhadores em séculos de combate.
Pelo que
Lutamos
Lutamos em defesa da educação pública,
gratuita e para todos! Entendemos que as ditas “políticas afirmativas” não
podem garantir o acesso à educação aos filhos dos trabalhadores, pelo
contrário, políticas como as cotas raciais somente impulsionam o racismo,
estimulam a divisão entre os estudantes e trabalhadores pela cor da pele, para
nós a única divisão existente é a de classe social e por isso lutamos pelo
acesso de todos à educação.
Somos contra
as drogas, que se tornaram uma grande fonte de lucro aos capitalistas e possuem
o papel social, como instrumento imperialista que é, de dizimar milhares de
jovens e trabalhadores e impedir que eles tenham qualquer perspectiva de luta.
A mesma burguesia que organiza o milionário mercado das drogas envia exércitos
de policiais para reprimir e massacrar. Em nome do “combate ao trafico” a
burguesia tem imposto o ‘toque de recolher’, que ao invés de punir os donos dos
bares que comercializam bebidas aos menores e os traficantes que oferecem as
drogas, a polícia reprime ferozmente os jovens, particularmente os jovens dos
bairros periféricos.
Combatemos por mais verbas para a
educação pública, contra as privatizações, pelo Passe-Livre Estudantil. Lutamos
pela universalização e pelo acesso à cultura, à educação, à moradia, à saúde
que são direitos de todos negados a todo instante pelo capitalismo e
transformados em mercadorias.
Como
militamos
Nossa militância é junto com os
trabalhadores na luta de classes. Em defesa dos interesses dos trabalhadores e
dos explorados estamos juntos na luta contra os ataques dos patrões aos
direitos conquistados. No Movimento Estudantil construímos os grêmios e os
centros acadêmicos como verdadeiros sindicatos de estudantes, como entidades
classistas que organizam e agitam a luta em defesa das reivindicações mais
sentidas dos estudantes em aliança com a classe trabalhadora e suas
organizações na luta de classes, sempre fazendo a ponte com a necessidade de
destruir o capitalismo e lutar pelo socialismo.
Somos
internacionalistas!
Os mesmos problemas que passamos no
Brasil os jovens de diversos outros países também enfrentam, pois o inimigo é o
mesmo: A burguesia e seu sistema político. Por isso estamos junto com os
trabalhadores venezuelanos em solidariedade à revolução em curso e lutamos pelo
retorno das tropas brasileiras do Haiti, em defesa da soberania do povo
haitiano.
Temos como princípio a independência
financeira. Como diz o velho ditado: “Quem paga a banda escolhe a música”. A independência
financeira é a única forma de ter uma política independente dos capitalistas,
do Estado e de seus aparatos. Por isso, sustentamos a luta com contribuições
daqueles que acreditam em nossas idéias.
O capitalismo não reserva nenhum
futuro para a juventude, só a miséria, a fome, a exploração, a guerra e a
opressão, por isso nossa tarefa é junto com os trabalhadores enterrar esse
sistema e construir uma nova sociedade sem a exploração do homem pelo homem. A
luta pelo Socialismo Vive!
“A juventude
é a chama da revolução” (Lênin)
escrevi um texto sobre como vejo a efervescência revolucionária da juventude atual. gostaria de saber a opinião de vocês do blog, que estão envolvidos diretamente em várias frentes revolucionárias em favor de um mundo mais justo. o texto pode ser lido no seguinte link: http://banquetedosmendigos.blogspot.com/2011/11/revolucoes-liquidas.html
ResponderExcluirminha visão é a de alguém que vê de fora, de longe. gostaria de ouvir, quem está perto, dentro. talvez me ajude a ver melhor.
abraços!