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18 de novembro de 2011

Nenhuma aula até que a Polícia Militar saia do Campus USP Butantã!


Ontem, noite do dia 17, foi realizada a Assembleia dos estudantes da USP que estão em luta contra a presença da polícia no interior do campus. Abaixo segue o panfleto da Esquerda Marxista distribuído durante a realização da Assembleia que contou com mais de 3000 estudantes. A esmagadora maioria votou pela continuidade da greve.

Contribuição aos estudantes da USP em assembleia


Desde 2009 quando a PM entrou na USP para reprimir com violência manifestações e greve de estudantes e funcionários da universidade até os dias atuais, muito pouco foi debatido sobre a presença da PM no campus e sobre a fragilidade da autonomia universitária após os ocorridos naquele ano. Daí surge a questão: quem é que está à frente e para que serve a organização estudantil? Qual o papel das lideranças estudantis dentro da USP sendo que faltam ações diretas e concretas para os problemas deste espaço?

A PM na USP serve para fazer o que ela faz em qualquer lugar: reprimir. Associar a presença da polícia militar à segurança é um grande erro. A existência da PM está associada à defesa da ordem e da propriedade privada, que é contrária a qualquer manifestação ou luta dos trabalhadores e jovens. No caso da USP, o convênio da Reitoria com a PM vem no bojo do projeto de privatização da universidade pública (afinal quando as fundações privadas e parcerias público-privadas entram na universidade pública, é preciso que a polícia se faça presente para defender os interesses destes) e para reprimir o movimento estudantil e sindical dentro da Cidade Universitária.

Este convênio, assinado sem consulta à comunidade universitária, tem como único objetivo reprimir aqueles que se manifestam contra a falta de democracia na universidade. Isso gerou um confronto entre os estudantes de um lado e a reitoria do outro, que culminou com a ocupação da reitoria e a violenta reintegração de posse realizada pela tropa de choque.

No nosso entendimento, um dos grandes responsáveis por permitir que essa crise chegasse ao ponto em que chegou é a direção do DCE da USP. Desde a prisão dos nossos três colegas no estacionamento do prédio da História até a ocupação da reitoria, realizada por um grupo pequeno e à revelia da maioria, os representantes máximos do movimento estudantil em nossa universidade assistiram a tudo com uma passividade que não condiz com as posições para as quais foram eleitos. Se por um lado é verdade que a ocupação da reitoria não foi decisão do conjunto dos estudantes, por outro lado foi justamente a omissão da direção do DCE que possibilitou a um grupo minoritário do movimento agir “em nome” de todos os estudantes. Claro que os vacilos da direção do DCE não justificam uma atitude como essa. Mas a direção do DCE continuou vacilando quando, na grande assembleia que ocorreu após a reintegração de posse da reitoria, enquanto ainda dezenas de estudantes encontravam-se presos, essa mesma direção se contrapôs à greve imediata. Felizmente a maioria dos estudantes soube agir contra sua própria direção e aprovar a greve imediata – que era o mínimo que o movimento estudantil poderia fazer diante de tal situação.

Agora, o Comando de Greve eleito e o conjunto dos estudantes em cada nova assembleia devem tomar medidas para aprofundar e prolongar a greve estudantil. Nenhum estudante deve frequentar uma aula sequer enquanto houver PM dentro do Campus. A decisão dos estudantes do Campus de São Carlos de entrar em greve em solidariedade aos estudantes do Campus Butantã só nos mostra que isso é possível!

Mais que isso: o Comando de Greve deve receber mandato da Assembleia Geral dos Estudantes para se dirigir à Adusp e ao conjunto dos professores com a consigna: Nenhum professor da USP que defenda os preceitos básicos da democracia deve aceitar ministrar uma aula sequer enquanto o campus estiver sob o controle da PM – que nada mais é do que um bando de homens armados sob as ordens de Rodas. Greve dos professores já!

Se caminharmos nessa direção, sem recuar, podemos impor a anulação do convênio entre a reitoria e a PM. Mas para isso é preciso que o Comando de Greve não vacile como a direção do DCE o fez. A cada vacilo do Comando de Greve as assembleias devem reeleger seus membros para garantir que o movimento avance até a vitória.

É imprescindível ampliar a greve e apelar ao conjunto dos professores. Só assim seremos vitoriosos: Unindo professores, estudantes e funcionários pela retirada da PM da USP!

Célula da Esquerda Marxista da USP



Artur – História (11) 8429-7403 - Lucia – Ciência Sociais (11) 8463-8215
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6 comentários:

  1. É, ser da esquerda é uma coisa, radical e rebelde sensacionalista é totalmente diferente...

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  2. na verdade p que voces querem é fumar maconha livremente dentro da universidade. lutem pelos reais direitos dos estudantes, isso é tudo que a gente quer dos DCE's e da UNE.

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  3. Sério que você acredita no que escreveu? "Associar a presença da polícia militar à segurança é um grande erro. A existência da PM está associada à defesa da ordem e da propriedade privada, que é contrária a qualquer manifestação ou luta dos trabalhadores e jovens".
    Mas a defesa da ordem não inclui a segurança?

    Faltou borrachada na retomada da reitoria, isso sim

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  4. E o que os estudantes da USP fazem????? fumar maconha???? bela elite cultural o Brasil está formando!!!!!

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  5. Isto só inflama mais, vcs acham que uma instituição que a séculos dominam o poder em São Paulo, porque não Brasil, vão engolir serem expusos por um números de estudante? torço para que seu(s) objetivo(s) seja alçado, mas tive a noticía pelo CONSEG do bairro, que o comandante geral da PM disse; que assim que abaixar a poeira ele vai intensificar o patrulhamento.

    abraço,ex aluno ou melhor eterno aluno da USP.

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  6. É lamentável que a discussão fique circunscrita à maconha.
    Por favor, a quem querem enganar? houve um fato que denunciou uma prática que estava sendo gestda na USP. Em tempo houve uma resistência democrática, reprimida por ógãos que reprimem historicamente. Não há porque retroceder. Setores progressistas da USP se posicionaram. Já sabemos o que ocorre. A luta continua!

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