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3 de julho de 2010

Sinais do mercado

Os capitalistas voltam a ficar apreensivos. O titulo de uma matéria do valor econômico é “Desaquecimento já atinge também países emergentes”. No Brasil, com todos os foguetes, a produção industrial ficou estável de maio para junho. O desemprego caiu no Brasil, mas não cede nos EUA. Mas, o que tira o sono de todos eles é que as medidas que estão tomando levam a uma resistência da classe trabalhadora.

As greves na China tornam-se comuns e carregam um nível maior de consciência. Sim, acabaram os linchamentos de gerentes e patrões. Mas agora os operários exigem e conseguem aumentos salariais, ao invés de quebrar maquinas e escritórios. Por mais que tenham domesticado todos os lideres sindicais, as greves estouram na França, Italia, Grecia, Espanha e Alemanha.

Os sinais que tiram o sono dos capitalistas são estes, muito mais que os sinais tão fugazes das bolsas e dados econômicos, que mudam dia a dia, num desespero de fazer dó (ah, como estes operários não tem dó desses pobres capitalistas que ganham e perdem centenas de milhões de dólares num único dia. Como bate forte o coração de cada um deles pelos milhões perdidos, pelos milhões que deixaram de ganhar. Frente a isso, como comparar o sentimento e a dor dos que perdem parentes nas enchentes, do operário que não consegue um emprego?). 

E isto reflete-se na política. Assumindo claramente o caráter de candidato da burguesia, do agro-negócio e dos setores mais “duros” do capital, Serra tende cada vez mais a direita. Criação do Ministério da Segurança, ataque aos Sem Terra por serem “socialistas”, reunião com os ruralistas do DEM, cessão do cargo de vice-presidente para o DEM depois de toda a pantomina com o senador do Paraná.

E, ao contrário do que prevêem os vãos adeptos da filosofia cartesiana, a política não é feita de bom senso. E Dilma, ao invés de ocupar o espaço a esquerda, aberto com a política de Serra, quer cada vez mais se confundir com ele e multiplica as declarações a favor da Lei e da Ordem. Marina, coitada, essa nem podemos contar. E os outros candidatos? Os da esquerda denunciam a direitização do PT (que sempre denunciaram) e nunca colocam aquilo que é central: para mudar o pais é necessário exigir que aqueles que dirigem a classe operária rompam com a burguesia e tracem o caminho em direção ao socialismo. Este é o combate da Esquerda Marxista e dos candidatos que ela apresenta nestas eleições.

Fonte: Luiz Bicalho/Redação Esquerda Marxista
02/07/2010

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