Serge Goulart
Nos anos 80 se dizia do Japão que iria ser a principal
potencia mundial, que seu PIB ia passar dos EUA, etc., etc. Todo tipo de
avalição impressionista e deslumbrada pelos resultados econômicos momentâneos do
Japão.
Esta afirmação ignorava simplesmente
as leis capitalistas e a história. Não valia a Teoria do Desenvolvimento
Desigual e Combinado, nem a Teoria da Revolução Permanente, nem os resultados
da 2ª Guerra Mundial, que transformaram o Japão de potencia imperialista em um
quase protetorado norte-americano, com bases militares do vencedor, e submetido
financeira e economicamente aos desejos e caprichos do gigante ianque.
Agora é a vez da China espalhar ilusões. Esta plataforma de produção básica e de
exportação dominada pelo capital imperialista internacional é controlada
localmente por uma ditadura policial militar monstruosa que restaurou o
capitalismo, com seu imenso PIB e certas veleidades nacionais a que se dão o
luxo os poderosos “comunistas” que enriqueceram na “transição”. A China aparece para muitos como “uma
potencia imperialista emergente” e que poderia num certo futuro “enfrentar os
EUA” e começar disputando o pacífico.
Incrível equívoco.
Comecemos pela “potencia bélica que se ergue”. Potência de segunda mão com
armas recauchutadas e ultrapassadas. Enquanto os EUA singram os mares com seus nove porta-aviões nucleares a “potência” chinesa acaba de inaugurar seu primeiro
porta aviões: comprado!
E ele é recondicionado, comprado escondido das máfias
governantes da Ucrânia para ser um cassino flutuante e é movido a “gás com
vapor”!!!
Abaixo reproduzimos um artigo de um site especializado na
área militar, explicativo de como entra a China no século 21, num mundo
dominado pelo imperialismo e em que as condições históricas impuseram um desenvolvimento
desigual e combinado a todos os participantes do jogo no planeta Terra. O
artigo é engraçado e a China uma piada como superpotência.
O Hsi-Lang, recondicionado sem garantia de fábrica |
Porta-aviões
chinês no mar amarelo
“As autoridades chinesas anunciaram nesta segunda-feira que o
porta-aviões Hsi-Lang, o antigo porta-aviões soviético Varyag, iniciou um período
de provas de mar, para teste dos sistemas de propulsão.
O navio saiu na segunda-feira da base naval de Dalian em cujos estaleiros
esteve em trabalhos de modernização e deverá voltar quando os testes de mar,
destinados a verificar a velocidade do navio e a confirmar a operacionalidade
dos seus motores tiverem terminado.
Proibição de sobrevoo
O governo da China ordenou que fosse encerrado o espaço aéreo numa área a leste
da cidade de Dalian, onde não poderá haver qualquer atividade aérea que não
seja controlada pelos militares.
Esta determinação, vem reforçar a tese de que os chineses estarão a testar a
velocidade do navio e a testar a solução que foi escolhida para ultrapassar o
problema da falta de turbinas quando o Varyag foi comprado.
De facto, quando foi rebocado da Ucrânia (onde estava a ser construído) para a
China (onde inicialmente se pensava que se transformaria num casino flutuante),
o navio possuía apenas três das quatro turbinas a vapor Nikolayev e também
apenas algumas das caldeiras.
Um dos principais problemas dos chineses, foi conseguir arranjar forma de
completar o sistema propulsor.
Não há informação concreta sobre a configuração do sistema de propulsão
instalado, mas sabe-se que técnicos ucranianos estiveram de alguma forma
ligados à reconstrução do navio.
Embora seja especulativa, até pela natureza da informação, tratando-se de meios
militares chineses, normalmente muito secretos quanto a estas questões, existe
a possibilidade de a quarta turbina do
Hsi-Lang ser uma turbina ucraniana idêntica às que equipam alguns dos contratorpedeiros
mais recentes da marinha da China.
Sabe-se também que técnicos chineses, trabalham desde o final dos anos 90 em
sistemas de propulsão que combinam turbinas a gás com vapor e que os contatos
com os estaleiros ucranianos continuaram depois da aquisição do antigo Varyag.
A China pretende ocultar se o navio pode
efetivamente atingir a velocidade máxima de projeto que está nos 30 nós.
O navio será essencialmente utilizado para testes e para desenvolver
capacidades. Baseado num projeto soviético dos anos 70, o Hsi-Lang padece do
mesmo problema do Admiral Kuznetsov o seu irmão gémeo russo: Ele não possui
catapultas e por isso tem um ritmo reduzido no que respeita à capacidade de
lançamento de aeronaves.
Para compensar, os engenheiros navais soviéticos instalaram uma poderosa
bateria de mísseis antiaéreos e anti-navio que deveriam compensar esta
desvantagem.
Até ao momento, a China não aparenta dispor de aeronaves capazes de utilizarem
este navio porta-aviões. A China pretendeu adquirir caças Su-33 navais, mas a Rússia
recusou a venda por causa das cópias não autorizadas que os chineses fizeram de
aeronaves Su-27.
Existe a possibilidade de os chineses estarem a desenvolver dois aviões
diferentes para futuramente utilizar neste navio:
Uma versão naval do caça bimotor J-11, o J-15 (a designação chinesa do Su-27)
Uma versão naval do caça monomotor J-10 (existem rumores de que lhe teria sido
atribuída a designação J-10C).
Para já, o navio apenas poderá ser utilizado como porta-helicópteros, ainda que
possam ser efetuados testes com aeronaves de asa fixa, dependendo do ritmo de
desenvolvimento das versões navais referidas acima.
Declaração simbólica
Para já a maioria dos observadores na Ásia, concorda que do ponto de vista
militar o Hsi-Lang está bastante longe de ser uma ameaça efetiva. Por isso
existe também consenso quando se explica que o seu lançamento é acima de tudo
uma declaração de intenções por parte da China, para com os seus vizinhos: Podemos
operar porta-aviões. Se for necessário haverá mais". ( http://areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=1106)
A sucata russa recondicionada pela China leva o
nome do general invasor de Taiwan no século 17
China popular
|
Porta aviões classe
|
Hsi Lang
|
|
(tipo Kuznetsov)
|
|
Aeronaves embarcadas
|
- 18 x UAC-KnAAPO Sukhoi Su-33 / Su-27K
|
Navios constituintes da classe
|
||||||||||||||
IC = Inicio de Construção ES=Entrada no Serviço Activo FS=Final de
Serviço Activo
|
Dados
principais
|
Motores
|
Deslocamento
standard: 45900
Ton
Deslocamento máx. : 58500 Ton. |
Tipo de
propulsão:
Turbina a vapor
|
Comprimento:
304.5 M - Largura: 70M
Calado: 10.5 M. |
4 x Turbina a vapor
Nikolayev (0)
8 x Caldeiras (oleo) Nikolayev (200000cv/hp) |
Tripulação
/ Guarnição: 2600
|
Autonomia:
15000Km a 18 nós - Nr. Eixos: 4 - Velocidade Máxima: 30 nós
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário