Assembleia da
Universidade Federal de Sergipe
O ANDES, sindicato nacional dos docentes de ensino superior
federal, anunciou que entraria em greve. Pressionados, Dilma e Mercadante
publicaram uma Medida Provisória atendendo parte das reivindicações acordadas
no ano passado. Para os professores, a MP foi insuficiente. E na data marcada,
17/05, entraram em greve, hoje já são 43 seções sindicais com esta decisão. E
mais outras estão com assembleias marcadas. O movimento começou forte e tende a
crescer. Os professores sabem que Dilma pode dar mais, e também confiam que seu
movimento pode ser vitorioso. O texto que segue é um carta aberta do ANDES
dialogando com a sociedade sobre sua decisão de entrar em greve. Todo apoio aos
professores! Todo apoio a luta por uma educação melhor.
Por que os(as)
professores(as) das instituições federais estão em greve?
A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial
da história do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior
(ANDES-SN), assim como a exigência da população brasileira, que clama por
serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas necessidades de saúde,
educação, segurança, transporte, entre outros direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as)
federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de
Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os
docentes têm na vida da população brasileira.
O governo vem usando
seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa
para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas
feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho,
remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada
pela priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro
causa impacto no serviço público, afetando diretamente a população que dele se
beneficia.
Os professores federais
estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de
uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes
federais tem na vida da população brasileira.
Pela reestruturação da
carreira.
Há anos os(as)
professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da
categoria, por acreditarem que essa reivindicação valoriza a atividade docente
e, dessa forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas
instituições federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo
emergencial com o governo, que previa, como um dos principais pontos, a
reestruturação da carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda
quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da
carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos
governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória
de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas,
correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35)
A valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte
integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela melhoria das
condições de trabalho nas Instituições Federais.
O começo do ano de 2012
evidenciou a precariedade de várias instituições. Diversos cursos em
Instituições Federais de Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado
devido à precariedade das Instituições.
O quadro é muito
diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem
laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes
universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade
do ensino.
Ninguém deveria ser
submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem
professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de
Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos
serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não
têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos
todos a se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as),
mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita
e de qualidade.
Para saber mais sobre a
greve e as negociações com o governo acesse aqui
A Educação pública,
gratuita e de qualidade é um direito de todos.
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