Ontem ( dia 15, domingo) o Estadão divulgou uma nota anunciando uma futura modificação em altos escalões do governo e também que o governo fará cortes no Orçamento da União. Fala-se em cortar 60 bilhões.
Três frases na nota referida nota chamaram a atenção. Cito-as
abaixo:
“Às vésperas de promover uma reforma no primeiro escalão, a presidente Dilma Rousseff fará três dias consecutivos de reuniões setoriais com grupos de ministros, nesta semana, para discutir os cortes de despesas no Orçamento e os projetos prioritários para 2012.
“Às vésperas de promover uma reforma no primeiro escalão, a presidente Dilma Rousseff fará três dias consecutivos de reuniões setoriais com grupos de ministros, nesta semana, para discutir os cortes de despesas no Orçamento e os projetos prioritários para 2012.
Que Dilma estaria " Empenhada em fazer o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) andar e em pôr de pé os programas sociais, mesmo com a
tesourada no Orçamento - que será anunciada em fevereiro (...)".
E que: "O Ministério da Fazenda acredita que será
necessário um corte drástico nos gastos, na casa de R$ 60 bilhões, para cumprir
a meta cheia de superávit primário, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Dilma, porém, cobra novos cálculos e tenta fazer um ajuste menor, porque quer
preservar os investimentos neste ano de eleições”.
Pelo visto o governo prepara novamente novas maldades em seu caldeirão de bruxarias. Diante
dos choques provocados pela crise mundial que prossegue e não se sabe onde e quando vai parar, os cortes nos direitos têm sido a tônica. O imperialismo segue exigindo que sejam esmagadas as
conquistas dos trabalhadores. E isso vale para todo o mundo.
A reunião ministerial convocada por Dilma adotará medidas que
devem apertar a classe trabalhadora e os serviços públicos. Certamente os cortes
não serão efetuados naquilo que se destina a pagar os custos do endividamento
com os financiamentos aos capitalistas e os serviços das dívidas externa e
interna. Não atacarão a burguesia e o imperialismo. Saúde, educação e previdência social devem estar na linha de mira do
governo. Ano passado o governo já pediu para os empresários não darem reajustes salariais acima de inflação. Agora com o PIB em queda e alta da inflação, as medidas devem ir além de pedidos.
Se o governo vai demitir alguns ministros da burguesia não
sabemos.Talvez ocorra uma operação cortina de fumaça para
antecipadamente buscar acalmar a base partidária do PT e dar certo ar de depuração,
com tintura e matiz de esquerda, camuflando o ataque. Mas certamente, os novos
ministros que eventualmente subam, mesmo que forem do PT, continuarão a aplicar
o receituário ditado pelas exigências do imperialismo.
Talvez entrem novos
representantes dos partidos da burguesia. Grécia e Itália elevaram ao poder
ministros “técnicos” diretamente ligados à burguesia, esvaziando o poder dos
governos e parlamentos. Lá a democracia burguesa ameaça virar fumaça. Aqui, faz tempo que os governos governam por meio das Medidas Provisórias.
A crise
ameaça chegar e bater forte aqui, daí a preocupação no governo com as eleições. Há certo incomodo de que os cortes, se afetarem imediatamente e frontalmente conquistas que atinjam de modo duro a maioria
da população, isso possa influir negativamente nos votos que os candidatos do PT poderiam
ter nas eleições de outubro. Mas, no fundo o governo não vacilará em dar passos com medidas duras, mesmo que quebre o partido e coloque a perspectiva de derrota eleitoral em 2012.
No
mundo todo, os reformistas aplicaram os piores remédios, e mesmo perdendo as
eleições, cumpriram com eficiência o aperto exigido para tentar salvar os
capitalistas. Não titubearam em atacar as conquistas dos trabalhadores. Isso se
deu na Grécia, na Espanha e Itália. Vamos ver como agem os reformistas verdes e amarelos.
Ventos frios sopram do capitalismo na Europa e EUA, mas por
detrás deles, ventos quentes dos movimentos e das lutas operárias formam nuvens
carregadas de eletricidade sob as cabeças dos capitalistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário