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30 de setembro de 2011

CARTA À EXECUTIVA NACIONAL DA CUT: EM DEFESA DO PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO!

Faustão

Companheiros (as) da Executiva Nacional da CUT

Como membro da Direção Nacional da CUT, venho por meio desta carta, dialogar com os companheiros (as) no sentido de colaborar com o debate sobre a luta pela aplicação da lei do Piso Nacional do Magistério.

Em Minas Gerais, os professores da rede estadual realizaram 113 dias de greve, uma mobilização forte e organizada frente à inoperância do judiciário e à truculência do Governo tucano do Anastasia/Aécio. No Ceará, já são 57 dias de greve com dura repressão do governo. No Pará, desde o dia 26/09 os professores também estão em greve.


Embora a CUT Nacional e Estadual em Minas Gerais, junto com o SIND-UTE e CNTE, tenham desenvolvido esforços de apoiou ao movimento, o resultado do ponto de vista prático não foi o que a categoria esperava.

Todos nós sabemos que o Piso é LEI, mas governos Estaduais e Municipais não vêm cumprindo a sentença da “Suprema Corte” onde vários governos entraram com recursos e perderam. E, mesmo assim, continuam sem cumprir a decisão do STF.

Vejam que contradição! A mesma justiça que determinou que o piso do magistério é lei, não pune nenhum gestor por descumprir a sentença do STF e, por outro lado, declara ilegal as greves de professores que lutam simplesmente para que a lei seja aplicada.

Está claro que essa discussão do piso dos professores não pode continuar sendo conduzida dessa forma, ou tomamos uma medida forte frente ao descaso das autoridades que não obrigam os governos a cumprir de fato o que foi sentenciado pelo STF, ou vamos ficar com os nossos companheiros desmoralizados, assim como os sindicatos, a confederação e a central sindical.

Nós, da Corrente Sindical Esquerda Marxista, achamos que a CUT deve sentar com a CNTE e discutir de forma objetiva a questão, inclusive avaliando a preparação de uma GREVE GERAL dos PROFESSORES EM NIVEL NACIONAL, PELO CUMPRIMENTO DA LEI DO PISO DO MAGISTÉRIO.

Hoje, os professores (as) da rede pública em todo o país estão desvalorizados e em péssimas condições de trabalho. Um chamado para uma ação conjunta certamente encontraria eco entre os (as) professores (as) em diversos cantos do país. Sabemos que, mesmo sendo valiosas as mobilizações da categoria, isoladamente, em cada estado, perdem força, certamente mais força terão se a ação for conjunta, em nível nacional. 

Só com a unidade de toda a categoria derrotaremos os que se negam a cumprir o que é de direito. Espero que esta pequena contribuição seja colocada em discussão e que sirva de reflexão para o conjunto da nossa Central.

Recife, 30 de setembro de 2011
Severino Nascimento (Faustão)
DN/CUT.

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