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8 de agosto de 2011

DAE de Bauru e a velha privatização

Roque Ferreira (vereador do PT em Bauru)

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) é nosso, foi um dos slogans da campanha da coligação ampla (PT, PMDB, PCdoB, PSB e PR) que elegeu Rodrigo Agostinho prefeito de Bauru/SP expressando corretamente o posicionamento político de manter o DAE enquanto autarquia pública que presta o serviço de captação, tratamento e distribuição de água, além de outros serviços afetos ao saneamento.

Um olhar mais apurado sobre os estudos que tratam do tema Tratamento de Esgoto demonstra claramente que não se separa abastecimento de água e esgotamento sanitário, como se tenta fazer em Bauru inclusive pelo prefeito municipal, quando aponta as fragilidades econômicas e financeiras enfrentadas pelo DAE.

O que fica evidente em toda esta discussão, é que se pavimenta o caminho para encontrar outra solução para o tratamento de esgoto, o que vai na contramão dos compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, e para isso é reproduzida a velha cantilinária da ineficiência do poder público em processos de gestão.

Que a capacidade de investimento do poder público é freqüentemente comprometida por uma gestão ineficiente dos serviços, vulnerável a interferências políticas de caráter populista (contenção de tarifas, empreguismo, tolerância para com a inadimplência) ou a desvios de recursos para outras finalidades públicas ou privadas (corrupção), não é novidade, inclusive em Bauru.

Não basta ao executivo profeticamente anunciar estas mazelas, sendo que algumas delas ele mesmo patrocina, tais como distribuição generosa de cargos, leniência para cobrar os grandes devedores, deficiência em procedimentos técnicos como a leitura das contas de água, etc.

O que precisa ser dito de forma clara, é se os que foram eleitos com uma plataforma de recuperar os serviços públicos, valorizar os servidores, estabelecer regras de eficiência com controle social, estão hoje abandonando estas premissas, para definitivamente se submeterem aos ditames do mercado e entregar mais um serviço público “lucrativo” a grandes corporações privadas.

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