Juventude Marxista
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Declaração da Juventude Marxista em apoio
à greve dos estudantes da USP
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A polícia militar (PM) na Universidade de
São Paulo (USP) serve para fazer o que ela faz em qualquer lugar: reprimir.
Associar a presença da polícia militar à segurança é um grande erro.
A existência da PM está associada à defesa da ordem e da propriedade privada,
que é contrária a qualquer manifestação ou luta dos trabalhadores e jovens.
No caso da USP, o convênio da Reitoria com a PM vem no bojo do projeto de
privatização da universidade pública (afinal quando as fundações privadas e
parcerias público-privadas entram na universidade pública, é preciso que a
polícia se faça presente para defender os interesses destes) e para reprimir
o movimento estudantil e sindical dentro da Cidade Universitária.
É muito raro vermos a prisão de grandes empresários corruptos em nossa
sociedade. São julgados, ameaçados e nunca presos. Porque a polícia nada mais
é do que o braço armado do Estado, que por sua vez é o comitê de gerência dos
negócios da classe dominante. Por isso a polícia raramente age contra os
membros da classe dominante. Já quando se trata de reprimir movimentos
sociais, sua ação é “exemplar”. Onde houver manifestação de trabalhadores ou
estudantes a polícia estará presente. Usando de todo o seu poderio,
cavalaria, tropa de choque e até helicóptero para prender aqueles que eles
chamam de “baderneiros”.
Toda a campanha contra os estudantes e funcionários da universidade tem por
objetivo criminalizar os movimentos contrários à política do atual reitor, João
Grandino Rodas. Defensor da privatização da universidade e defensor do ensino
privado. A presença da PM defendida por este senhor tem o objetivo de que os
movimentos protestem contra a política que ele defende.
Foram usados 400 policiais na operação que desalojou os estudantes que
ocupavam a reitoria no dia 8 de novembro. As drogas são uma verdadeira
cortina de fumaça, usada pelos meios de comunicação burgueses.
Os membros da imprensa comprometida com o Capital tentam associar o tráfico
de drogas ao movimento da USP, para assim justificar que o mesmo tratamento
dado aos traficantes seja dado ao movimento estudantil.
É inaceitável que a PM continue no campus da USP de São Paulo. O convênio
assinado entre a Reitoria e a PM deve ser anulado. Nenhum professor da USP
que defenda a democracia deveria ministrar uma aula sequer até que a PM se
retire completamente do Campus.
A Juventude Marxista apóia integralmente a greve dos estudantes e
funcionários da USP. As entidades estudantis de todo o país não podem se
omitir do apoio aos estudantes e trabalhadores da USP. Tem sido comum nos
últimos tempos a criminalização dos movimentos sociais, como também,
imposição dos meios de comunicação para que a PM, entre nas universidades e
escolas e utilize a repressão para dar “segurança”.
A Juventude Marxista repudia a presença da PM na Universidade de São Paulo e
dá seu total apoio aos estudantes e trabalhadores que lutam contra a política
reacionária do reitor e do governador.
• Fora a polícia do campus da USP!
• Todo apoio à greve dos estudantes!
• Pela imediata revogação do convênio entre PM e Reitoria da USP!
• Nenhuma punição aos estudantes!
Juventude Marxista, organização de juventude da Esquerda Marxista
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16 de novembro de 2011
FORA PM DA USP!
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