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27 de setembro de 2011

OIT diz: Já são 200 milhões de desempregados no mundo

Alexandre Mandl

A tendência é aumentar! 

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgaram, juntas, no dia 26/09, um relatório que aponta o que vínhamos dizendo: a crise do capital que se expressou em 2008 segue até hoje, e a tendência é piorar. São mais de 200 milhões de desempregados, sendo que somente 20 milhões de trabalhadores perderam seus empregos em menos de 3 anos. Isso aponta a dimensão  dos desafios colocados às organizações dos trabalhadores.



OIT: 20 milhões de empregos foram perdidos desde a crise de 2008

As maiores economias do planeta perderam 20 milhões de empregos desde a crise financeira de 2008, revela estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo a organização, as maiores economias do planeta vão liderar um processo de "déficit massivo de empregos" até o fim do próximo ano se os governos não mudarem suas políticas. No mundo, existem atualmente 200 milhões de pessoas desempregadas, próximo ao recorde registrado no período mais agudo da Grande Recessão.

No relatório, preparado com a OCDE para o G20 (o grupo das 20 maiores economias do planeta) dos ministros do trabalho em Paris, seria impossível recuperar as vagas fechadas no curto prazo e há risco desse número dobrar até o fim do próximo ano.

“Precisamos atuar agora para reverter a desaceleração no crescimento da ocupação e compensar a perda de empregos”, disse o diretor da OIT, Juan Somavia, segundo o jornal britânico "The Guardian". “A criação de emprego se tornou a maior prioridade macroeconômica” completou. Segundo a organização, seria necessário o crescimento anual de 1,3% na ocupação para que os níveis pré-crise fossem recuperados até 2015. Desde 2010, a taxa aumentou em 1%.

Segundo o relatório, China e Índia, estão entre os retardatários, com menos de 1% de crescimento na taxa de ocupação por ano.

Ou seja, o quadro geral é de ampliação do exército industrial de reserva. É inexorável a contradição entre capital e trabalho, o que resulta, portanto, na inerente luta de classes. Rosa Luxemburgo estava certa há muito tempo, quando afirmou: “Socialismo ou Barbárie!”

Ou os trabalhadores se organizam e se unem enquanto classe, com sua vanguarda se apropriando do marxismo, constroem suas organizações revolucionárias, ou a barbárie virá cada vez mais a galope e aniquilará as conquistas da humanidade, a começar pela destruição da força de trabalho humana: a classe operária.   

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