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8 de julho de 2011

Dia de Mobilização da CUT leva trabalhadores às ruas em vários Estados




O Dia de Mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) colocou nas ruas milhares de trabalhadores em todo o país. As bandeiras de luta levantadas foram: por aumentos reais de salários, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, fim do fator previdenciário, combate à terceirização e precarização, reformas política e tributária, reforma agrária, contra as privatizações do aeroportos e portos.

Em São Paulo e Belo Horizonte a CUT informou que participaram cerca de 10 mil trabalhadores em cada manifestação. 
 

Em Recife o Ato reuniu mais de 3 mil trabalhadores. Vários dirigentes exigiram que Dilma atenda as reivindicações da classe trabalhadora. Depois do Ato os manifestantes saíram em passeata. 

De um modo geral, em todos os Atos os dirigentes afirmaram em seus discursos que a única maneira dos trabalhadores conseguirem vitórias é por meio de sua mobilização, pois o Congresso que ai está é dominado por uma maioria que joga contra os trabalhadores. Paulão, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos chegou a dizer na Praça da Sé que a única aliança que interessaria ao governo Dilma seria com a classe trabalhadora da cidade e do Campo e que os trabalhadores deveriam mandar a aliança do governo com os poderosos para a “merda”. Os dirigentes que estavam em cima do palanque montado em cima de um caminhão ficaram meio atordoados com a fala de Paulão, não pelo palavrão que ele disse, mas sim por ele expressar-se, corretamente, contra a aliança com a burguesia.

Em Porto Alegre, cerca de mil trabalhadores participaram de caminhada até os Ministérios da Fazenda e do Trabalho. Em Brasília centenas de trabalhadores saíram às ruas.

Centenas de servidores públicos em greve reuniram-se no centro do Rio de Janeiro em protesto por melhorias de trabalho. 

Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os bancários atrasaram o início da jornada de trabalho no Itaú Unibanco e no Bradesco.

Trabalhadores vidreiros se mobilizam em SP

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros realizou um combativo Ato na entrada da empresa Nadir Figueiredo, atrasando a entrada do turno da manhã. Informaram que estavam integrados nas manifestações da CUT e defenderam a antecipação da data base da categoria. Depois os dirigentes seguiram para a praça da Sé onde participaram do Ato ali realizado.

Hoje os metalúrgicos tomarão a rodovia Anchieta em São Bernardo. A mobilização já deve estar em andamento. 

Balanço

As mobilizações foram positivas, começaram a colocar os trabalhadores em movimento e despertaram o sentido de unidade. No entanto, ainda vários dirigentes da CUT teimam em centrar a luta na defesa do governo de coalizão com a burguesia, quando deveriam defender o governo Dilma exigindo dela as medidas que beneficiem os trabalhadores, os sem terra, os sem teto e exigir dela sua ruptura com a patronal que está no governo e no Congresso Nacional. Está certo o Paulão dos metalúrgicos quando ele diz que a aliança de Dilma deveria ser com a classe trabalhadora.

Foi um bom começo. A bateria de lutas virá neste segundo semestre e os trabalhadores vão aprendendo a confiar nas suas lutas, na sua organização e com isso irão compreendendo o quanto é prejudicial aos trabalhadores as alianças com os capitalistas.

Em São Paulo a Esquerda Marxista distribuiu um panfleto com suas ideias e vendeu o Jornal Luta de Classes

Leiam e divulguem entre os trabalhadores o nosso texto:

MOBILIZAR PARA DEFENDER DIREITOS E ARRANCAR CONQUISTAS

A classe trabalhadora quando se une e luta pode muito! Vimos no início desse ano as grandes mobilizações nos países árabes que conquistaram o fim de ditaduras que se mantinham há décadas no poder. Na Europa, ocorrem manifestações com milhões nas ruas contra os cortes de direitos que os governos querem impor. O povo grego, em especial, tem resistido com bravura realizando diversas greves gerais desde o ano passado.

A classe trabalhadora brasileira tem uma história rica de mobilizações e conquistas que passa pela construção do PT, da CUT e do MST como ferramentas para as lutas diárias pelas reivindicações e contra um sistema que só reserva a exploração e a miséria para os trabalhadores. Foi uma vitória a eleição de Lula e depois de Dilma para a presidência da república, entretanto, é preciso avançar nas mobilizações, mantendo a independência e a combatividade do movimento operário.

Não podemos deixar de criticar o anuncio por parte do governo federal da privatização de portos e aeroportos. Temos os trágicos exemplos da privatização da telefonia e, no Estado de SP, das estradas, com os abusivos preços de pedágios, e as OS’s (Organizações Sociais) que privatizam os serviços públicos.

Além disso, está em discussão no governo medidas que atacam ainda mais a previdência. Garibaldi Alves, ministro da Previdência, explicou em matéria do jornal O Globo no dia 28/06 as propostas do governo: aumentar o tempo de contribuição para homens e mulheres, restringir ou impedir o pagamento de pensões, “desonerar a folha” – ou seja, retirar a principal fonte de financiamento da previdência. E, para completar, explicou que a proposta da CUT (o famoso 85/95) só poderia ser aceita na versão 101/105!

O governo que ajudamos a eleger não pode adotar medidas que vão contra os interesses da classe trabalhadora, como privatizações e retirada de direitos. É preciso que o governo rompa com aqueles que sempre defenderam os interesses dos patrões e realize uma verdadeira aliança com a classe trabalhadora, apoiando-se na CUT e no movimento sindical, no MST e nos movimento sociais. Só dessa forma é possível realizar um governo que atenda as mais sentidas reivindicações populares, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, uma verdadeira Reforma Agrária, a revogação das reformas da previdência anteriores, inclusive a realizada em 2003, no governo Lula.

Precisamos ir à base de nossas categorias, explicar e mobilizar em cada local de trabalho. É a classe trabalhadora unida e em luta que garantirá as futuras vitórias! Estamos juntos nessa luta!

Viva a classe trabalhadora!
Viva a luta pelo socialismo!

Corrente Sindical Esquerda Marxista
6 de julho de 2011

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