Greve Geral e imensas manifestações paralisam mais uma vez a Grécia |
Quando uma grande marcha contra austeridade com 20.000 pessoas chegou ao Parlamento, cerca de 200 manifestantes de esquerda atacaram o ex-ministro conservador Kostis Hatzidakis com paus e pedras, aos gritos de "Ladrões" e "Vergonha".
Uma testemunha disse à Reuters que o rosto do ex-ministro ficou coberto de sangue enquanto ele tentava se proteger em um prédio.
Com uma confortável maioria parlamentar, e com o futuro do pacote de ajuda em jogo, o governo socialista dificilmente vai voltar atrás das medidas de austeridade.
A Câmara dos Deputados transformou em lei medidas que cortam os salários de empresas estatais de ônibus e ferrovias.
Antes da escalada violenta dos protestos, Ilias Iliopoulos, secretário-geral do sindicato dos servidores civis ADEDY, disse à Reuters: "Precisamos enviar uma mensagem ao governo de que não vamos aceitar as medidas que nos levam apenas à pobreza e ao desemprego. Nós não vamos ceder, vamos prevalecer", acrescentou.
Navios ficaram parados nos portos, hospitais estavam trabalhando com número mínimo de funcionários e ministérios fechando por falta de funcionários.
Com o transporte público parado, as vias principais do centro de Atenas pareciam mais estacionamentos, dado o pesado tráfego e muitos motoristas tinham dificuldade em chegar ao trabalho. Os jornalistas também aderiram à greve e não havia transmissão por TV ou rádio.
"É bom as pessoas tomarem as ruas. Eles tiraram nossos direitos. Paciência tem limites; temos crianças e empréstimos para pagar", disse o funcionário de banco George Mihalopoulos, de 57 anos.
Fonte: Renee Maltezou e George Georgiopoulos (De Atenas/Reuters)
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