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14 de fevereiro de 2012

Servidores do DAE merecem respeito


Roque Ferreira
Vereador PT em Bauru  



Hoje (ontem) na sessão da Câmara usei a tribuna para expressar o sentimento que centenas de servidores do DAE estão sentindo; indignação. Indignação contra as agressões sistemáticas a que estão sendo submetidos por conta da situação gerencial e operacional da autarquia.

É publico que o DAE atravessa problemas estruturais que repercute na qualidade dos serviços prestados à população. Os problemas explodiram agora na gestão do prefeito Rodrigo Agostinho, mas a origem está em 2005 quando foram criadas duas divisões na autarquia. Uma responsável pelos serviços de captação, tratamento e distribuição e outra responsável pela implantação dos emissários de esgoto.

A situação chegou a tal ponto, que a população que vem sofrendo com a falta de água, com as constantes quebras de bombas, vazamentos etc, acabe por expressar sua revolta contra os servidores que estão nas ruas, trabalhando em péssimas condições, sem equipamentos adequados, sem ferramentas, e com mão de obra escassa em várias funções de operação e manutenção.

Ora, se optaram por inchar o DAE com indicações de pessoas despreparadas para ocuparem cargos de confiança, de supervisão e de chefia, onde são utilizadas práticas do apadrinhamento e do tráfego de influência (isso é corrupção), quem prestou concurso, que trabalha na empresa há mais de 15, 20 ou 25 anos, não pode pagar a conta pelas ações de quem tem o poder de mando.

Os servidores do DAE que necessitam do seu trabalho, que dele tiram o seu sustento e de seus familiares precisam entrar em cena e colocar as cartas na mesa. Precisam dizer claramente ao chefe do executivo o que deve ser feito para que a autarquia possa ganhar musculatura e sair da roda de crise.

Se não estão sendo ouvidos, devem se fazer ouvir, e como regra geral, os patrões, sejam eles públicos ou privados, só se dispõem a ouvir os trabalhadores quando estes se mobilizam, se organizam, e demonstram sua insatisfação. Um dia de paralisação em defesa do DAE como empresa pública de qualidade, que respeite seus servidores e a população, com certeza teria o apoio de muitos.

Enquanto muitos apadrinhados que entraram pelas portas do fundo, que ganham altos salários tomam chá gelado nas tardes quentes de Bauru, os servidores que labutam no dia a dia são expostos a situações constrangedoras e humilhantes, o que lhes causa sofrimento de forma permanente e continuada.

Para começar a discutir com seriedade e responsabilidade a recuperação do DAE, é fundamental discutir e praticar a valorização de seu pessoal concursado e de carreira, e isso passa pelo envio no prazo mais rápido possível para a Câmara Municipal do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários, instrumento que pode corrigir todas as distorções que foram sendo criadas ao longo do tempo, como por exemplo, o excesso de cargos de confiança e funções gratificadas.

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