Fonte: Afropress
Enviado por Roque Ferreira – coordenador do Movimento Negro Socialista (MNS)
Com pouco mais da metade dos delegados (250 dos 400 previstos pelos organizadores) e sem nenhum consenso foi encerrada no dia 22/09, no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, a Assembléia Estadual de São Paulo do Congresso de Negros e Negras do Brasil. Até mesmo a eleição dos delegados para a Assembléia Nacional foi adiada, ficando para que cada região defina os nomes até o dia 1º de outubro.
A Assembléia aberta pouco depois das 10h, sob sol forte e intenso calor, agravado pela precária falta de infra-estrutura do local, foi marcada pela absoluta falta de acordo até mesmo em relação a propostas que lideranças consideravam consensuais, como a defesa de uma campanha pela nacionalização do Feriado de 20 de Novembro, contra a Redução da Maioridade Penal, pelo direito ao trabalho com salário igual para trabalho igual para todos, apresentadas pelo Movimento Brasil Afirmativo e pelo Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB).
Encaminhadas como consenso, foram questionadas por um plenário impaciente. Até mesmo a campanha pelo Feriado foi rechaçada pelo delegado Maurílio Ferreira, do MNU de Campinas, o que provocou protestos de uma parte da plenária.
Estatuto
A proposta de votação em defesa do Estatuto da Igualdade Racial e do PL 73/99, e da PEC 02/2006, ambas apresentadas pelo Movimento Brasil Afirmativo, embora defendidas por lideranças da CONEN, como Flávio Jorge, e pela Unegro, não foram encaminhadas. Isto por conta de um acordo com o MNU, que, pelo menos, em São Paulo, defende a retirada do projeto do Estatuto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta será remetida à plenária da Assembléia Nacional marcada para São Paulo nos dias 11, 12, 13 e 14 de Outubro, com o compromisso da CONEN e da Unegro de que será votada, finalmente.
Em compensação, Edson França, dirigente da Unegro, que conduzia a mesa dos trabalhos, tentou forçar a aprovação da proposta da IV Marcha em São Paulo, ignorando a proposta de unidade de manifestações no dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência -, defendida pelo Movimento Brasil Afirmativo que já está se mobilizando para a realização da 2ª Parada Negra.
O Movimento defende a realização da IV Marcha e da Parada numa mesma manifestação unitária com saída, horário, percurso e programação unitários. Diante da reação do plenário e percebendo que não teria espaço para votar a proposta, França recuou.
O clima de desânimo no final pôde ser sintetizado pelo presidente de honra do CNAB, professor Eduardo de Oliveira, 82 anos, um dos mais aplaudidos durante a intervenção de abertura. "Muita energia gasta, sem resultado. Inútil", afirmou.
Enviado por Roque Ferreira – coordenador do Movimento Negro Socialista (MNS)
Com pouco mais da metade dos delegados (250 dos 400 previstos pelos organizadores) e sem nenhum consenso foi encerrada no dia 22/09, no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, a Assembléia Estadual de São Paulo do Congresso de Negros e Negras do Brasil. Até mesmo a eleição dos delegados para a Assembléia Nacional foi adiada, ficando para que cada região defina os nomes até o dia 1º de outubro.
A Assembléia aberta pouco depois das 10h, sob sol forte e intenso calor, agravado pela precária falta de infra-estrutura do local, foi marcada pela absoluta falta de acordo até mesmo em relação a propostas que lideranças consideravam consensuais, como a defesa de uma campanha pela nacionalização do Feriado de 20 de Novembro, contra a Redução da Maioridade Penal, pelo direito ao trabalho com salário igual para trabalho igual para todos, apresentadas pelo Movimento Brasil Afirmativo e pelo Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB).
Encaminhadas como consenso, foram questionadas por um plenário impaciente. Até mesmo a campanha pelo Feriado foi rechaçada pelo delegado Maurílio Ferreira, do MNU de Campinas, o que provocou protestos de uma parte da plenária.
Estatuto
A proposta de votação em defesa do Estatuto da Igualdade Racial e do PL 73/99, e da PEC 02/2006, ambas apresentadas pelo Movimento Brasil Afirmativo, embora defendidas por lideranças da CONEN, como Flávio Jorge, e pela Unegro, não foram encaminhadas. Isto por conta de um acordo com o MNU, que, pelo menos, em São Paulo, defende a retirada do projeto do Estatuto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta será remetida à plenária da Assembléia Nacional marcada para São Paulo nos dias 11, 12, 13 e 14 de Outubro, com o compromisso da CONEN e da Unegro de que será votada, finalmente.
Em compensação, Edson França, dirigente da Unegro, que conduzia a mesa dos trabalhos, tentou forçar a aprovação da proposta da IV Marcha em São Paulo, ignorando a proposta de unidade de manifestações no dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência -, defendida pelo Movimento Brasil Afirmativo que já está se mobilizando para a realização da 2ª Parada Negra.
O Movimento defende a realização da IV Marcha e da Parada numa mesma manifestação unitária com saída, horário, percurso e programação unitários. Diante da reação do plenário e percebendo que não teria espaço para votar a proposta, França recuou.
O clima de desânimo no final pôde ser sintetizado pelo presidente de honra do CNAB, professor Eduardo de Oliveira, 82 anos, um dos mais aplaudidos durante a intervenção de abertura. "Muita energia gasta, sem resultado. Inútil", afirmou.
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